Café Empresarial: Investir na Bolsa de Valores está ao alcance de todos

“Investir na Bolsa de Valores vale a pena”. Esse foi o recado que o empresário e professor universitário, Maurício Lersch, deu aos participantes do Café Empresarial, realizado na manhã desta terça-feira (16), na Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul.   Com ampla vivência em mercado de capitais, Lersch apresentou no encontro o tema “O que é Bolsa de Valores”, compartilhando com empresários e profissionais conhecimentos para orientar quem deseja saber mais sobre esse promissor investimento. Principal evento de networking da ACI, o Café Empresarial conta com o patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), da Universidade de Santa Cruz (UNISC) e do Grupo Gazeta de Comunicações, e o apoio da Café Preto.

“O primeiro passo para quem quer investir na Bolsa de Valores é buscar informação”, orienta Maurício Lersch. Aprender o que é, saber como funciona, os riscos que estão envolvidos, e, assim que se sentir seguro, começar a investir, é a melhor maneira de garantir bons resultados, destaca o especialista. Mestre em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com MBA em Mercado de Capitais pela FIPECAFI, Lersch atuou como estrategista de investimentos do Banco Votorantim, além de passagens em diversas corretoras de valores mobiliários como corretor, analista e gestor de investimento.

A partir de sua vivência nestas áreas, ele trouxe em sua palestra informações sobre porque investir na Bolsa de Valores – fazer essa diversificação nos investimentos e vir para um mercado que tem um pouco mais de risco – é importante para o futuro, para garantir uma melhor aposentadoria ou uma maior rentabilidade. A ideia de que é preciso ter muito dinheiro para se investir representa um dos grandes mitos da Bolsa de Valores.“Isso não é real, você pode investir comprando uma ação a partir de 20 ou 30 reais”, afirma o especialista.

Passo a passo

Para começar a investir na Bolsa Valores é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores mobiliários. O próximo passo é definir qual estratégia que irá usar, acessar o site da corretora e fazer a transferência dos recursos para, a partir daí, comprar as ações propriamente ditas. “Não tem muito mistério, o sistema é muito similar a acessar uma conta corrente em um banco em casa. Muitas corretoras, inclusive, disponibilizam o acesso por celular, você pode comprar ações até pelo celular”, explica.

Começar com pouco e ir se acostumando. Para Maurício Lersch, essa é a melhor estratégia  de investimento para quem está iniciando nesse mercado. “No curto prazo é mais difícil ganhar dinheiro, mas a longo prazo a Bolsa de Valores tem-se mostrado um mercado bem atrativo”, destaca. Nas últimas duas décadas, segundo ele, houve um retorno médio de 20% ao ano. Isso não é regra, enfatiza, por isso é importante montar uma carteira diversificada, de várias empresas, para fazer um investimento de longo prazo.

Quanto investir depende do perfil do investidor – se aceita mais ou menos riscos – e do horizonte do investimento – para qual finalidade é – para aposentadoria ou para uma injeção de capital . “Um jovem que está ingressando na faculdade, conseguiu o emprego agora e quer fazer um planejamento para o futuro, pode investir mais. A longo prazo o retorno dele pode ser maior”, exemplifica Lersch.  Para buscar informações, recomenda o próprio site da Bolsa de Valores – B3. “Sempre busque informação de fonte confiável e orientação de profissionais credenciados”.

Saiba mais

A Bolsa de Valores é o lugar onde investidores e empresas se encontram para comprar e vender ações e outros ativos. O papel dela é garantir que essas negociações sejam feitas de forma segura, eficiente e justa. Assim, empresas podem captar recursos para crescer e qualquer investidor, pequeno ou grande, pode participar e lucrar com esse crescimento.

A principal Bolsa do Brasil é a B3, antiga BM&F Bovespa. Ela é uma das mais modernas e mais valiosas do mundo.

Cuidados

Certificar-se que a corretora é credenciada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é fundamental.  Vinculada ao Ministério da Economia, essa autarquia foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.