TA NA HORA: “A ética deve permear não somente a política, mas toda a vida pública do País”, afirma Pedro Simon

Figura de referência na história da política brasileira, o ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, foi o palestrante da última edição do ano da reunião-almoço Tá na Hora. Promovida pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz, o evento ocorreu na última segunda-feira (2), no restaurante do Hotel Águas Claras. Autoridades, políticos e lideranças empresariais da região participaram do encontro que abordou a “Ética na Política”.

Conforme o ex-senador, a importância da discussão sobre a ética deve abranger não somente a política, mas todo o contexto da vida pública do País. Afirma que falta sim muita ética na política, mas pela primeira vez na história o Brasil está no caminho certo. “Nos meus 65 anos de vida pública nunca vi um momento como esse. As estruturas do País estão sendo postas à mostra”, avalia. A operação Lava Jato, a prisão em segundo grau – agora em debate sobre sua permanência ou não –  são, na visão de Pedro Simon, movimentos necessários  para buscar um caminho novo onde a ética seja o caminho para o fortalecimento das instituições e da democracia no País.

Entende que todos os partidos políticos deveriam fazer uma profunda reflexão sobre ética. “Os partidos, em sua grande maioria, vieram e foram e não tiveram presença na vida política que desse resultados positivos”.  Segundo o ex-senador, esse é o momento das pessoas se posicionarem, buscando as facilidades de acesso à informação, por meio da tecnologia, para debater e defender seus posicionamentos.  “Se o povo estiver presente no debate nacional o Brasil tem tudo para ser uma grande Nação”.

As reformas estão acontecendo e, para Simon, os avanços são evidentes e necessários para que País atinja um novo patamar nunca antes alcançado em sua história. “O Brasil esteve à beira da falência e hoje temos a oportunidade de mudar isso”, afirma.

Radicalização – Simon criticou a incitação à violência feita pelo ex-presidente Lula, que sugeriu ao povo brasileiro ações semelhantes às adotadas no Chile,  e a resposta igualmente radical do presidente Bolsonaro. “Essa radicalização não é boa para o País”, lamenta. “Ao contrário, o discurso deveria ser de conciliação, de união de todos pelo bem do Brasil”.

Pacote do Estado –  Questionado sobre a situação atual do magistério gaúcho e o embate com o pacote de reformas proposto pelo governador Eduardo Leite, Simon disse que é solidário com a posição dos professores, mas entende que o Estado enfrenta uma situação extrema e que é preciso atacar o problema pela raiz, buscando de fato fazer algo que resolva.

Despedida – O idealizador do projeto Tá na Hora, presidente Lucas Rubinger, fez a despedida de sua gestão no evento, agradecendo ao apoio da Diretoria e de todas as empresas que associaram sua marca à iniciativa como patrocinadores. “Trazer nomes de referência do cenário estadual e nacional para debater temas de relevância para os setores empresariais e a

comunidade é o principal objetivo desta iniciativa”, frisou.  Fez um balanço positivo dos dois anos do projeto e anunciou que a nova gestão, eleita para o biênio 2020/2021 – com Gabriel Borda na presidência e o vice, Cesar Cechinato – dará sequência às edições do Tá Hora.

O Tá na Hora conta com o patrocínio do BRDE, Universal Leaf, Unisc, JTI, Unimed, Souza Cruz e Grupo RBS TV.

Assessoria de Imprensa ACI