COMITÊ

COMITÊ

Práticas de Compliance podem beneficiar pequenos negócios

Como Implementar Compliance em Empresas de Pequeno e Médio Portes: primeiros passos foi o tema da reunião de julho do Comitê de Compliance da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, realizada na tarde de terça-feira (30), na entidade. A apresentação e os debates ficaram a cargo do advogado e professor universitário, Claudio Soares, e do administrador e contador, Ernani Baier, ambos integrantes do Comitê.

Nesta edição, a proposta foi mostrar como o Compliance está ao alcance de todos e pode ser aplicado também nos pequenos e médios negócios, desmitificando a ideia de que a prática se refere somente às grande corporações. “Já existem evidências e estudos mostrando que pequenas e médias empresas também podem implantar programas de Compliance, sem grandes investimentos”, afirma Ernani Baier.

O primeiro passo é o envolvimento e a decisão do dono do negócio em implantar o programa. Esse comprometimento é fundamental, destaca Baier, pois o Compliance exige uma série de ações por parte da organização e dos gestores, abrangendo todos os conjuntos de regras que cada empresa deve observar e cumprir, e que podem variar conforme as atividades que desenvolve. “O gestor tem que querer que a empresa seja uma organização séria, correta e que siga todos os requisitos do seu negócio. Compliance é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos”, observa.

Passo seguinte é fazer uma análise dos riscos que afetam aquele negócio e direcionar o programa para atender essas demandas, o que pode requerer o auxílio de uma consultoria ou de um profissional que já tenha alguma experiência na área.

Ganhos – Segundo Ernani Baier, existe uma falsa percepção de que seguir as regras e fazer o que é correto pode tornar mais longo o caminho para obter bons resultados no mundo dos negócios. Afirma que é justamente o contrário, ter uma reputação boa e credibilidade no mercado aumenta a capacidade de sobrevivência da empresa, pois o consumidor cada vez mais está dando valor para isso. Trabalhar de forma correta e divulgar essa postura, mostrando que a empresa pauta suas ações de forma ética, passa a ser o diferencial do negócio, o que acaba revertendo positivamente em sua rentabilidade. “O Compliance, sem dúvida, é o caminho para se obter esses resultados,” salienta Baier. Explica ainda que existe a tendência de que empresas que fornecem para entes públicos venham a ser demandados a ter programa de Compliance implantado. Essa, inclusive, já é uma exigência adotada no Distrito Federal.

Estimular o debate sobre a prática do Compliance e seus benefícios no meio empresarial são objetivos do Comitê. Mensalmente o grupo promove um encontro aberto ao público, na entidade, enfocando temas de interesse nessa área, voltados às empresas.