ACI, Poder Público e entidade locais se mobilizam para manter a Receita Federal 
com status de Delegacia no município
A Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul está articulando uma ação para evitar que a Delegacia da Receita Federal do município venha a se transformar em uma Agência, conforme noticiou o governo federal. A medida conta com o apoio da Associação das Entidades Empresariais (Assemp), do Poder Público Municipal, e do grupo Gazeta de Comunicações.
A entidade elaborou uma correspondência, endereçada ao vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, na qual solicita a intercedência do dirigente para que a seja mantido o status de Delegacia da Receita Federal na unidade de Santa Cruz do Sul.
No documento é mencionado que o município ocupa hoje a vigésima posição no ranking das melhores cidades do Brasil para se investir, segundo pesquisa da revista Exame. No Rio Grande do Sul, Santa Cruz está em segundo lugar, atrás somente da capital, Porto Alegre.
O fato do município ter presença forte nas exportações também é destacado. “O tabaco produzido e beneficiado na nossa macro região é hoje o segundo item na pauta de exportações do Estado. Some-se a isso a atuação de empresas locais, na área industrial, também com grande relevância no cenário exportador gaúcho”, relata o documento.
Destaca também que a Delegacia Receita Federal (DRF) de Santa Cruz do Sul abrange 69 municípios de onde saíram R$ 6,3 bilhões de exportações em 2018 e R$ 620 milhões de importações, montante muito superior ao de outras DRFs. “A Receita Federal exerce um trabalho de inteligência que em sinergia com a Polícia Federal são instrumentos de combate a sonegação, ao descaminho e ao contrabando, principalmente de cigarros, que chegam a 54 % do consumo nacional”, ressalta o presidente da ACI, Lucas Rubinger.
Mesmo reconhecendo como justo propósito do governo federal de reduzir custos e diminuir os gastos da máquina pública, as entidades entendem que transformar em Agência a Delegacia da Receita em Santa Cruz do Sul representa um retrocesso, que certamente vai impactar de forma negativa na economia do município e da região.